Em nossa indústria, pessoas em todos os níveis organizacionais tomam decisões. Via de regra, buscam alavancar os negócios, entregando bens e serviços, equilbrando objetivos como eficiência, custo-benefício, segurança e qualidade.
O sucesso ocorre em grande parte das oportunidades, sendo celebrado como a perfeição do sistema de trabalho. Ao contrário, resultados indesejados são vistos como falhas, ensejando ações de busca por erros e responsáveis.
Quando ocorre, o erro é percebido em retrospectiva. Tenta-se responder rápido quais as causas de tal resultado, focando em aspectos proximais do evento.
Falhas também podem ser vistas como o resultado de tentativas de acerto que, associadas a certas condições e contextos pré-existentes, resultam em eventos indesejáveis (qualidade, financeiros ou de segurança). Em tal cenário, as pessoas que fazem o trabalho acontecer, em todos os níveis, são fonte essencial de informação. Elas conhecem dificuldades e oportunidades presentes na rotina.
Sobretudo no nível da liderança, é essencial refletir sobre proatividade e reatividade a falhas. Esperar acontecer, reagindo de forma emocional, ou proativamente criar condições em todos os níveis organizacionais, a partir daqueles que fazem acontecer? O que torna a realização do trabalho mais difícil? Afinal, quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Você deseja que uma válvula não vaze e faz todo o possível para desenvolvê-la. Mas no mundo real só existem válvulas que vazam. Você tem de determinar o grau de vazamento que pode tolerar.” Arthur Rudolph – Projeto Saturno-V NASA”.
Apesar dos esforços de todas as partes envolvidas na cadeia de O&G para projetar, desenvolver, qualificar e instalar barreiras de segurança confiáveis, falhas e degradações inevitavelmente ocorrerão. Essas ocorrências fazem parte da natureza das operações em ambientes críticos com altas cargas envolvidas.
A questão crucial a ser discutida nesta sessão é: como lidar com essas falhas e degradações?
Esta sessão foi projetada para desvendar os múltiplos aspectos apresentados por esses cenários e destacar as considerações críticas que especialistas devem fazer ao enfrentar tais situações na prática. Para isso, conduziremos um exercício simulado que busca envolver a audiência de maneira ativa no processo de tomada de decisão e avaliação de riscos associados a poços com barreiras de integridade comprometidas.
Complementarmente, ofereceremos palestras que abordarão metodologias alternativas para a avaliação de riscos, inovações tecnológicas que apoiam a segurança operacional e análises técnicas frente aos avanços regulatórios relacionados à integridade e segurança operacional de poços.
Em um mundo dominado pela comunicação rápida e efetiva das redes sociais, ainda vemos burocracia, duplicidade, e receio na troca de dados entre operadoras e reguladores. Esse modus operandi não tem trazido ganhos de produtividade e ainda faz com que as rotinas em nossa indústria sejam mais complexas que o necessário. Essa sessão tem a intenção de refletir sobre como simplificar os processos de comunicação e armazenamento dos dados, sem prejudicar a segurança e a rastreabilidade das informações.
A construção de poços de petróleo exige uma abordagem robusta e contínua no gerenciamento de riscos inerentes à atividade, desde o planejamento até a execução, a fim de garantir a conservação ambiental e a segurança das pessoas envolvidas no processo.
Nesta sessão, serão discutidas práticas de operações seguras e sustentáveis, tais como adoção de tecnologias de ponta, emprego de equipes altamente qualificadas, vigilância intensiva, monitoramento do descarte de fluidos e cascalhos, controle de emissões e gases, gerenciamento de resíduos e a implementação de planos rigorosos de resposta a emergências.
Atualmente os trabalhadores da indústria de O&G estão expostos a diversos riscos que podem ser mitigados implementando novas tecnologias que contribuam para a sua saúde e bem-estar, aumento da segurança e a melhoria do meio ambiente.
Algumas destas tecnologias incluem sensores nas vestimentas, wearables para monitoramento da saúde, tecnologias para redução da sobrecarga física e mental do trabalhador, robôs, e mais recentemente a inteligência artificial (IA) como uma ferramenta poderosa de previsão de potenciais acidentes em ambientes de alto risco.
Esta seção se propõe a apresentar as principais linhas de pesquisas atuais, os desafios e os casos práticos de uso destas tecnologias.